45 Anos de Relações Diplomáticas Brasil-China
Seminário reuniu representantes dos setores público e privado, academia e organizações da sociedade civil
em 15/10/2019
A Casa Firjan sediou, em 26/07, o evento “45 anos de relações diplomáticas Brasil-China – Do comércio para uma parceria global”, junto ao Centro Brasileiro de Relações Internacionais (Cebri). O seminário reuniu representantes dos setores público e privado, academia e organizações da sociedade civil para debater temas como a cooperação sino-brasileira no âmbito dos Brics – grupo que reúne Brasil, Rússia, Índia, China e África do Sul – e novas oportunidades de parcerias em áreas como ciência, tecnologia e inovação.
Carlos Mariani Bittencourt, vice-presidente da Firjan, reforçou como o relacionamento entre os dois países foi amadurecendo desde 1974, ano em que foram instaladas as embaixadas. “Hoje, temos uma corrente de comércio exterior de US$ 98,9 bilhões com a China, nosso maior parceiro comercial. O Rio se destaca nesse cenário: é o estado com maior exportação para o país asiático e também o terceiro maior importador”, afirmou.
Para José Pio Borges, presidente do Cebri, os dois países têm muito a oferecer ao outro. “A China é um dos maiores investidores do Brasil e a expectativa é de que isso aumente ainda mais nos próximos anos”, observou. Na última década, a China injetou mais de US$ 70 bilhões em investimentos no Brasil em diversos setores, como agricultura, energia, manufatura e mineração. Foram criados, por conta disso, mais de 40 mil empregos diretos.
Ampliação da cooperação entre Brasil e China
Yang Wanming, embaixador da China no Brasil, ressaltou como a parceria sino-brasileira é referência em cooperação sul-sul. “Na conjuntura atual, ambos os países passam por momentos de transformação interna, com reformas estruturais importantes. Ainda assim, nosso relacionamento se mantém forte e podemos focar em ampliar a nossa cooperação em ainda mais temas estratégicos”, ponderou.
Entre os temas que podem vir a ter mais cooperação estão, além do comércio, a educação, a ciência e a cultura. “Queremos intensificar os intercâmbios de estudantes das duas nações, por exemplo. Vale ressaltar que a China ganhou tamanha relevância que o Itamaraty criou, este ano, um departamento dedicado exclusivamente a esse país”, informou o ministro Luiz Maria Pio Corrêa, diretor do Departamento de China do Ministério das Relações Exteriores.
Já Xu Jian, vice-presidente do China Institute of International Studies (CIIS), reforçou a importância da sinalização dos governos em manter a amizade entre as duas nações: “Vemos isso dos dois lados, com visitas já marcadas de ambos os presidentes ao Brasil e à China ainda este ano”.

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