“Programar é como aprender um novo idioma”, diz especialista

Bate-papo, no Instagram da Casa Firjan, apresentou os conteúdos abordados na oficina 'Programação para não programadores'

em 03/07/2020

“Programar é como aprender um novo idioma”, diz especialista “Programar é como aprender um novo idioma”, diz especialista

Programação para não programadores foi pauta do projeto Live Educação da Casa Firjan, no dia 17 de junho. Na oportunidade, o responsável pelo Fab Lab da Casa, Felipe Laranja, e o docente formado em Tecnologia da Informação e Scrum Master na Gazeus Game, Felipe Fernandes, discutiram o assunto - parte do portfólio de Educação da Casa Firjan - e aproximaram a temática de quem não está acostumado com esse tipo de linguagem. 

“Computadores ajudam a potencializar nossas capacidades de pensamento. Para isso é preciso achar uma forma de conversar com essas máquinas a fim de que possam fazer coisas de acordo com nossas necessidades”, explicou Fernandes. 

Para facilitar a compreensão, o docente explicou que a programação funciona como uma receita de bolo que o computador deve seguir. “Trata-se de uma lógica de pensamento computacional onde encontramos uma lista de tarefas a serem executadas buscando sempre a resolução de problemas”. Esta lista, acrescentou, é o chamado algoritmo, constituindo-se de estruturas que podem ser compartilhadas e complementadas para atender melhor a solução que se busca.

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Para quem não é programador, o primeiro passo é desconstruir estereótipos e padrões, como a tela cheia de códigos, ressaltada em produções como o filme Matrix. “Em todas as áreas aparecem problemas que muitas vezes demandam formas diferentes de solucionar. O pensamento computacional é uma forma de resolução e de encontrar uma forma mais eficiente, sem perda de tempo, adequando-se de acordo com os contextos”.

Programar, portanto, é um processo que abre possibilidades para novas habilidades e competências. “É como se fosse aprender uma nova língua, já que o processo exige pensar de um jeito específico”, complementa. 

Mas não é só isso. A programação também desenvolve a resiliência, já que incentiva que o programador busque caminhos e faça diferentes tentativas para encontrar a solução.  A criatividade também faz parte do processo, principalmente quando damos espaço para momentos de trabalho em grupo e colaboração, como acontece no Code Club, ONG inglesa que Fernandes trabalha dedicado a ensinar programação para crianças.

Afinal, todo mundo vai precisar programar?

Considerando que boa parte da população depende de um sistema computadorizado, será que todo mundo, um dia, vai precisar programar? Ao longo do encontro, Laranja e Fernandes pontuaram que, o celular, que trabalha baseado em pensamento computacional, tem um poder de processamento muito grande. Os usuários dele, portanto, já programam sem nem perceber. “Quando você compra uma máquina de lavar nova e insere comandos de lavar, centrifugar e secar ou até mesmo um micro-ondas, você está utilizando da programação. Todos esses aparelhos solucionam nossas demandas por meio de uma lógica baseada em comandos”.

Interessados em exercitar o pensamento computacional e se familiarizar com a programação podem exercitar o pensamento lógico através do Code Combat, Scratch e App Inventor. 

Mas e os dados?

Além de serem importantes para a tomada de decisão, os dados também são peças fundamentais para dar forma à programação. Na visão do docente Fernandes, ao ter a mínima noção sobre pensamento computacional, o usuário começa a entender as limitações dos programas. “Chat bots, caixas eletrônicos, Waze, Netflix, Amazon, todos utilizam uma filtragem de dados programada, aproveitando essas informações para entregar a melhor experiência. Por isso a importância da Lei Geral de Proteção de Dados (LGPD)”, finalizou. 

Dicas de programação para não programadores:
•    Pense em um projeto para uma demanda sua, assim a experiência do usuário será pessoal;
•    Ao começar a programar, faça um projeto com uma finalidade;
•    Desenvolva um pensamento estruturado para resolução de problemas;
•    Tenha em mente o problema. Desenhe o projeto, trace a meta de desenvolvimento e evolua aplicações em seu projeto. O que mais ele pode fazer por você, além do que já foi desenhado?

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