Casa Firjan discute o potencial dos podcasts para engajar público

Áudio marketing ganha cada vez mais espaço

11/03/2020

Casa Firjan discute o potencial dos podcasts para engajar público Casa Firjan discute o potencial dos podcasts para engajar público

Com a sobrecarga de informações que invade o ambiente online diariamente, um dos maiores desafios do usuário é consumir conteúdos. Foi com o intuito de auxiliar nessa tarefa que o áudio marketing surgiu em 2004 e vem ganhando cada vez mais espaço. O ano de 2020 tem tudo para ser o ano dessa ferramenta, apoiado no sucesso crescente dos podcasts. Esta é a opinião dos especialistas e produtores que debateram o assunto na palestra Aquário “Como criar podcasts de sucesso e surfar na onda do áudio marketing”, realizada, nesta terça-feira (10/03), na Casa Firjan.



Há quatro anos no mercado, a Voozer produz posts em áudio para melhorar o engajamento com o público. “A maioria das pessoas não consegue ler tudo o que gostaria na internet. Quando criamos a empresa, notamos que conteúdos narrados geravam um grande engajamento. As pessoas gastam muito tempo no trânsito e a música não é mais o único recurso”, explicou Mateus Chiavassa, cofundador da Voozer. Os resultados para seus clientes foram em cascata: maior engajamento, consumo, tempo gasto nas páginas, tráfego, leads e, finalmente, vendas.



Eliseu Barreira Junior, gerente de Relacionamento em Mídias Digitais da Globo, destacou que os podcasts ganharam maior força a partir de 2014 por conta, fundamentalmente, de três fatores: a digitalização das rádios, o lançamento de sistemas inteligentes para carros pelo Google e pela Apple e o advento dos assistentes de voz. Desde então, a curva ascendente vem ganhando impulso ano após ano. Segundo pesquisa Ibope feita em 2019, mais de 20 milhões de brasileiros afirmam ter o costume de ouvir podcasts e mais de 50% desses ouvintes estão fora do eixo RJ-SP. “É um fenômeno nacional Vivemos a era de ouro do formato atualmente”, frisou.



Com a entrada de novos players no mercado, a Globo precisou se adaptar para atender as novas demandas dos consumidores. Já são 63 podcasts no portfólio da organização. “Procuramos seguir algumas boas práticas. As narrativas precisam ser audiocêntricas para darem certo. É preciso entender também que podcast não é rádio. Trata-se de um consumo mais imersivo e íntimo que se dá por meio dos fones de ouvido”, observou Barreira Junior.



Branca Vianna, fundadora da Rádio Novelo – produtora de podcasts que desenvolve projetos próprios e em parceria – acrescenta à lista de boas práticas a importância de um cronograma preciso de produção. “Temos que assumir um compromisso com o usuário de que o conteúdo estará disponível naquele dia e hora exatos. Um pequeno atraso já compromete o laço de fidelidade criado com o ouvinte”.



Já Marcela Ceribeli, CEO e diretora Criativa na Obvious Agency e apresentadora do podcast “Bom dia, Obvious”, ressaltou a necessidade de cada podcast encontrar a sua própria linguagem. “Há diversos podcasts que falam sobre o mesmo assunto, mas de formas completamente diferentes. O nosso produto surgiu com o intuito de aprofundar conversas interessantes para as mulheres e criar um ambiente de acolhimento, identificação e bem-estar para todas as que nos escutam. Criar conteúdo diferenciado é o objetivo final de todos que trabalham com isso”, reforçou.