A explosão das lives; o fenômeno do TikTok, aplicativo chinês de vídeos curtos mais baixado na pandemia; o novo Reels criado pelo Facebook para o Instagram; o Instagram Shopping; e as shopstreams ou lives de venda, outra moda chinesa que ganhou o mundo. Com novidades e dinâmicas em constante mutação, as redes sociais reformulam a maneira de produzir e consumir conteúdo. O assunto foi tema do encontro da semana no Aquário Casa Firjan: “Mídias Sociais 2020: Como surfar na onda dos novos formatos digitais”, com mediação de Iuri Campos.

Paula Tebett, especialista em mídias sociais e criadora de conteúdo na mLabs, ressaltou a importância do TikTok nas estratégias de marketing e comunicação das empresas. O aplicativo, que ganhou ainda mais popularidade no isolamento social, tem desempenho que impressiona: somente no primeiro trimestre deste ano, foram 315 milhões de downloads no mundo todo; e em abril, superou os 2 bilhões de instalações, atingindo um novo recorde.

“As marcas podem e devem tirar proveito dos aplicativos, que têm potencial incrível. Não menosprezem o TikTok. Usem o aplicativo para observar como as empresas do seu segmento se comportam ali. Toda marca que postar conteúdo de valor no TikTok se posiciona para estar na frente”, alertou Paula.

Marcelo Cidral, líder de social media da Amaro, falou sobre os challenges, desafios replicáveis com música, que também viralizaram na pandemia, e as bem-sucedidas parcerias com influenciadoras. “Não precisa ser vídeo de marca grande para viralizar. A criatividade está à frente dos recursos tecnológicos e das superproduções. Minha dica para se beneficiar dessas mídias é, em primeiro lugar, ver se faz sentido a linguagem da plataforma para a sua marca. Outra estratégia é surfar na onda das hashtags que estão bombando”, afirmou ele, que, à semelhança da Magalu, case da Magazine Luiza, criou a persona Mara, sucesso no Twitter.

Marcelli Valle, gerente de Marca da Americanas.com, falou sobre shopstream, ambiente de compras dentro de lives comandadas por um influenciador ou especialista que compartilha a sua experiência com um produto. Outra moda chinesa que ganhou força na pandemia, o shopstreaming deve faturar US$ 129 bilhões em 2020, segundo pesquisas recentes. “O formato é muito rico para o criador de conteúdo, porque traz o compartilhamento de uma experiência. Numa troca transparente, o especialista mostra intimidade com o produto e ajuda a quebrar a barreira da compra pela internet com tranquilidade e segurança”, afirmou.