Macrotendências 2025-2026: inovações a partir da integração entre humanos, máquinas e natureza

O futuro dos negócios dependerá da capacidade de adotar soluções que não apenas otimizem processos e melhorem a produtividade, mas que também respeitem o equilíbrio ecológico

em 26/11/2024

Macrotendências 2025-2026: inovações a partir da integração entre humanos, máquinas e natureza

Por Isabela Petrosillo*

As fronteiras entre a tecnologia, a natureza e os seres vivos estão se diluindo. A partir disso, nos vemos diante de novas possibilidades de inovação para a sociedade e o planeta. O reconhecimento de múltiplas inteligências (humana, maquínica e da natureza), atuando de forma cooperativa, traz um campo vasto para novas descobertas sobre o planeta, a forma como a natureza atua e as possibilidades do corpo humano. 

Um ponto de destaque nesse cenário inclui um novo alcance da habilidade das máquinas, que são programadas para agir de forma cada vez mais semelhante aos humanos. Nos próximos anos, a inteligência artificial e a robotização se tornarão cotidianas, com o avanço de sistemas capazes de interagir e tomar decisões autônomas, gerando novas conexões sociais e de trabalho entre humanos e máquinas. 

Junto a isso, as tecnologias sensoriais e as interfaces neurais poderão ampliar nossas capacidades perceptivas e alterar a maneira como experienciamos o mundo. Permitindo assim, que sejam revistas as formas como moramos, nos locomovemos, nos alimentamos, produzimos e lidamos com nossos corpos. Essas transformações, por sua vez, podem gerar uma reconfiguração profunda das relações sociais e culturais. 

As mudanças que estamos testemunhando desafiam-nos a repensar nossa compreensão sobre os limites entre o que é orgânico e o que é artificial. Além de instigar uma reflexão sobre a própria compreensão de humanidade, nos fazendo questionar até que ponto as fronteiras entre natureza e tecnologia podem se diluir, e o que isso significa para o futuro da identidade humana. 

Diante desse contexto, emergem três tópicos centrais: processos regenerativos dos sistemas naturais; tecnologias replicando habilidades humanas e o ser humano reavaliando sua singularidade. Esses temas tratam tanto dos limites do avanço tecnológico, mas também o papel que desempenhamos no equilíbrio ecológico. À medida que avançamos, surge a necessidade de refletir sobre como nossas ações podem coexistir com a natureza e como a busca pela inovação pode ser alinhada com o bem-estar coletivo e ambiental. 

Os líderes empresariais devem reconhecer a importância de integrar as novas tecnologias e inovações com uma visão sustentável. O futuro dos negócios dependerá da capacidade de adotar soluções que não apenas otimizem processos e melhorem a produtividade, mas que também respeitem o equilíbrio ecológico e promovam uma vida digna. 

Investir em tecnologias regenerativas, em inteligência artificial ética e na promoção de uma nova relação entre humanos e máquinas será essencial para a criação de um modelo de negócios mais resiliente e adaptável. Ao incorporar essas mudanças de forma responsável, as empresas não apenas garantirão sua relevância no futuro, mas também contribuirão para um mundo mais equilibrado e sustentável.

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*Isabela Petrosillo é pesquisadora do Lab de Tendências da Casa Firjan. Encontre-a no Linkedin.