Como as universidades, pesquisas e o ambiente acadêmico podem contribuir para o desenvolvimento do mercado do design no país. Este foi o tema central do painel “Design estratégico para negócios: da pesquisa acadêmica ao resultado prático”, realizado na manhã desta quarta-feira, dia 26, na Casa Firjan, no Rio de Janeiro. O debate faz parte da programação do Encontro Internacional da Indústria Criativa, promovido pela Firjan SENAI SESI.

Com mediação de Maria Isabel Oschery, Gerente de Conteúdo e Inovação da Casa Firjan, o debate contou com a participação de Almir Mirabeu, Doutor em Design pela Escola Superior de Desenho Industrial da Universidade Estadual do Rio de Janeiro e Claudio Magalhães, Coordenador do Laboratório de Gestão e Design da PUC-Rio.

O painel debateu como o design aplicado com base científica tem aproximado a academia do mercado, contribuindo para soluções criativas e estratégicas nos negócios. A experiência de programas de pós-graduação no Rio mostra como essa integração aumenta a competitividade, agrega valor e impulsiona a inovação na indústria.

“A universidade tem a responsabilidade de transformar conhecimento acadêmico em impacto social. É nosso dever dialogar com a sociedade, formar cidadãos críticos e gerar inovação que reverta em melhorias reais. Meu objetivo é mostrar como o design estratégico pode fazer a ponte entre a pesquisa universitária e as necessidades reais das empresas, trazendo experimentação, tecnologia e prática para dentro do processo. A diversidade é uma força para a criação. Ambientes plurais geram mais diálogo, mais experimentação e, consequentemente, mais inovação”, acredita Claudio Magalhães.

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A importância do ambiente acadêmico para o desenvolvimento do mercado do design também foi destacada por Almir Mirabeu.

“Há casos notáveis de aceleração tecnológica no Brasil, quando conseguimos desenvolver soluções próprias. Muitas vezes, o conhecimento acadêmico é invisibilizado pela indústria, mas as incubadoras têm sido fundamentais para aproximar academia e indústria. Parcerias com grandes empresas e marcas mostraram que essa ponte é possível e produtiva. Temos casos de alunos que transformaram materiais como bambu, bananeira e plástico reciclado em produtos premiados, mostrando a capacidade de inovação sustentável dentro da universidade”, afirma Almir, que atua na indústria gráfica desde 1984 e também é presidente da Sociedade Brasileira de Design da Informação (SBDI).

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