Do Rio para o Mundo: o valor estratégico da cidade na imagem do Brasil

Granado e Lola revelam como o Rio de Janeiro impulsiona o reconhecimento global das marcas

26/11/2025

Do Rio para o Mundo: o valor estratégico da cidade na imagem do Brasil

O Rio de Janeiro ocupa um lugar único na construção da imagem internacional do Brasil, e essa força simbólica tem se tornado um ativo estratégico para marcas que buscam competir globalmente. Essa foi a tônica do debate “Beleza com o DNA do Rio de Janeiro: cosméticos, estilo de vida e soft power”, realizado na manhã desta quarta-feira, dia 26, na Casa Firjan, como parte da programação do Encontro Internacional da Indústria Criativa, evento promovido pela Firjan SENAI SESI.

O encontro reuniu Higo Lopes, gerente de Marketing da Granado, e Barbara Cavalcante, head de Marketing da Lola Cosmetics, com mediação de Natany Paz Borges, da Casa Firjan. A conversa buscou entender como duas das marcas queridas do público brasileiro e internacional utilizam o Rio como elemento de valor em suas narrativas. Logo no início, Natany destacou um ponto crucial: “O Rio acaba sendo a vitrine do país.” A cidade, com seu imaginário de cultura, beleza, criatividade e diversidade, transcende fronteiras. E os participantes reforçaram essa tese com fatos concretos, alguns surpreendentes.

Higo Lopes revelou que, no processo de internacionalização da Granado, a decisão de incluir a assinatura “Rio de Janeiro” abaixo do logotipo não foi estética: foi estratégica. E gerou resultados imediatos. “Abrimos uma loja na Europa. As pessoas entravam e se perguntavam o que era Granado. Mas quando viam o nome Rio de Janeiro, no mesmo momento entendiam de onde a gente vinha. A sensação é de que o Rio chega a ser mais forte que a marca Brasil em alguns casos”, contou.

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Já Barbara Cavalcante mostrou como o soft power do Rio atravessa até o próprio nascimento da Lola. A marca, que hoje leva a irreverência e identidade brasileira para o mundo, foi criada por três gaúchos apaixonados pela cidade. “A Lola foi fundada por três pessoas de fora do Rio que eram apaixonadas pela cidade e conseguiram transformar isso em valor”, afirmou.

O debate evidenciou algo fundamental: o Rio de Janeiro não é apenas cenário. É símbolo. É marca. É personalidade. E quando empresas brasileiras incorporam conscientemente esse capital cultural em suas estratégias, ampliam sua potência global. E ajudam a projetar uma versão mais vibrante, criativa e desejada do Brasil no mundo.


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