Fab Lab Barcelona: inovação aberta como ferramenta de transformação urbana

Projeto busca criar soluções inteligentes em prol da comunidade em diferentes setores

27/11/2025

Fab Lab Barcelona: inovação aberta como ferramenta de transformação urbana

Criatividade, tecnologia e transformação social se encontram em um projeto inovador com sede em Barcelona, na Espanha, e que foi detalhado nesta quinta-feira (26), segundo dia do Encontro Internacional da Indústria Criativa, evento promovido pela Firjan SENAI SESI e Casa Firjan, no Rio de Janeiro.

O Fab Lab Barcelona conecta a indústria criativa local a projetos de inovação aberta e à apropriação crítica da tecnologia. Fundado em 2007, o projeto faz parte de uma rede global de Fab Labs (somente no Brasil são mais de 140 polos) e tem como um dos maiores objetivos desenvolver soluções para desafios ambientais e sociais, além de iniciativas de monitoramento comunitário ambiental que combinam ciência cidadã, fabricação digital e engajamento territorial.

“Nossa ideia é entender como a tecnologia e a inovação podem ser aplicadas a diferentes tipos de técnicas, entendendo o aspecto social e o dia a dia da cidade. Buscamos, assim, criar plataformas de colaboração para solucionar a problemática de alguma comunidade específica”, explica a brasileira Milena Calvo Juarez, pesquisadora do Fab Lab Barcelona.  

Conheça o Fab Lab da Casa Firjan

Ao longo de quase duas décadas, a instituição, que fica localizada em uma região revitalizada pelos Jogos Olímpicos de 1992, mostra como metodologias abertas, dados distribuídos e tecnologias acessíveis vêm impulsionando novos modelos compartilhados de produção, educação e impacto ambiental mundo afora.

“Os Fab Labs nascem para democratizar o acesso ao fazer. A ideia é permitir que qualquer pessoa se aproprie da tecnologia para transformar uma inquietação em um protótipo, um serviço ou até uma solução comunitária. “Inovar não é apenas criar algo novo; é criar algo útil. E isso só acontece quando entendemos profundamente o comportamento, as necessidades e os contextos das pessoas”, destaca Milena.

A pesquisadora brasileira aponta como um dos grandes diferenciais da iniciativa a estrutura descentralizada e o fundamental incentivo ao compartilhamento de informações e conhecimento.

“Gostamos muito do formato de distribuição de informação. Isso cria uma resiliência na maneira como a gente colabora e atua, porque não dependemos de uma só organização para seguir compartilhando e avançando com as iniciativas. Os Fab Labs e as plataformas de conhecimento compartilhado são os locais onde as pessoas conseguem colocar em prática e tangibilizar suas ideias em soluções”, reforça a especialista em engenharia ambiental, que esteve na COP30, em Belém, antes de vir ao Rio para Encontro Internacional da Indústria Criativa
 

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